Rafael Munhos
Bem-vindo a todos. http://twitter.com/rafamunhos
31 dezembro 2010
Feliz 2011!!!
No entanto, nossos sonhos tornam "a virada" como um passe de mágica em expectativas de um ano melhor que o anterior.São sonhos parecidos como ter 5 anos de idade e acreditar com veemência em Papai Noel. Aliás, será que existe?
Interessante o pensamento humano que contagia a todos, por mais que os céticos não pensem desta forma, as pessoas ao redor incentivam para a Teoria da Mudança de Vida.
Sinceramente, eu acredito que a partir do dia 1º o meu ano vai ser diferente do anterior. E isso só depende de nós.
Então vamos atrás deste novo começo, como acontece em novelas e filmes, que no fim das contas, termina com um final feliz, ou mais conformado.
Feliz 2011 a todos!!!
24 outubro 2010
Reencontro 10 anos
A festa também foi um verdadeiro encontro de tagarelas, cada um atropelava as palavras por tanta novidade pra contar, semelhante a um retorno de viagem em que despejamos todos os detalhes como se não houvesse tempo a perder.
27 setembro 2010
Tentando ser Gente Grande
24 setembro 2010
Nosso moderno lar
Muitos críticos, entendidos sobre cinema e apenas espectadores dizem que o cinema brasileiro evoluiu nos últimos anos, mas em quê? Audiência, história ou tecnologia? Sinceramente, ainda tenho dúvidas. Assisti há alguns dias o filme Nosso Lar, baseado na obra de Chico Xavier, e sinceramente, saí com um vazio do cinema.
Simplesmente o retrato da vida após a morte em um cenário futurista diverge de um mundo perfeito, até porque na vida, ainda mais no Brasil, a realidade é outra. Como num passe de mágica, o espírito de André Luís, o personagem principal da história, ao chegar no Nosso Lar recebe cuidados como se estivesse em um hotel cinco estrelas, anda em um aeromóvel por lugares inimagináveis e usa computadores de última geração. É mais do que irreal.
Não crítico de forma alguma religião qualquer, mesmo achando a história baseada no livro de Chico confusa. Sou leigo, acredito em outras vidas e é interessante que as pessoas tenham sua própria fé, porém, acho descabido cinematograficamente o filme, e nada comovente. Pelo menos é a impressão que tive ao reparar as outras pessoas no cinema, com um ar de cansaço.
A atuação de grande parte do elenco também deixa a desejar. Alguns atores parecem engessados nos seus papéis quando comentam sobre a vida após a morte, utilizando muitas vezes de frases prontas como em uma novela mexicana. O que sobra é o talento de atores consagrados como Othon Bastos, Werner Schünemann e Ana Rosa.
No entanto, não é por nada que mais de 2 milhões de pessoas assistiram o filme em menos de um mês, uma surpresa para o cinema brasileiro. Talvez seja a maneira de podermos relaxar e acreditar na paz que não encontramos no mundo vivo. Mas como estou na “terra”, devo acreditar ainda na evolução do cinema nacional.
07 agosto 2010
Que sufoco
05 agosto 2010
SALT
03 agosto 2010
Árvore Genealógica Moderna...
- Mãe, vou casar!
- Jura, meu filho?! Estou tão feliz! Quem é a moça?
- Não é moça. Vou casar com um moço. O nome dele é Julio.
- Você falou Julio?... ou foi meu cérebro que sofreu um pequeno surto psicótico?
- Eu falei Julio. Por que, mãe? Tá acontecendo alguma coisa?
- Nada, não... Só minha visão é que está um pouco turva. E meu coração, que talvez dê uma parada. No mais, tá tudo ótimo.
- Se você tiver algum problema em relação a isto, melhor falar logo...
- Problema? Problema nenhum. Só pensei que algum dia ia ter uma nora... Ou isso... Você vai ter uma nora. Só que uma nora... meio macho. Ou um genro meio fêmea. Resumindo: uma nora quase macho, tendendo a um genro quase fêmea.
- E quando eu vou conhecer o meu... a minha... o Julio?
- Pode chamar ele de Biscoito. É o apelido.
- Tá! Biscoito... Já gostei dele. Alguém com esse apelido só pode ser uma pessoa bacana. Quando o Biscoito vem aqui?
Por quê?
- Por nada. Só pra eu poder desacordar seu pai com antecedência.
- Você acha que o papai não vai aceitar?
- Claro que vai aceitar! Lógico que vai. Só não sei se ele vai sobreviver... Mas, isso também é uma bobagem. Ele morre sabendo que você achou sua cara-metade. E olha que espetáculo: as duas metades com pinto...
- Mãe, que besteira... hoje em dia... praticamente todos os meus amigos são gays.
- Só espero que tenha sobrado algum que não seja... pra poder apresentar pra tua irmã.
- A Bel já tá namorando.
- A Bel? Namorando?! Ela não me falou nada... Quem é?
- Uma tal de Veruska.
- Como?
- Veruska...
- Ah, bom! Que susto! Pensei que você tivesse falado Veruska.
- Mãe!!!
- Tá..., tá..., tudo bem... Se vocês são felizes. Só fico triste porque não vou ter um neto...
- Por que não? Eu e o Biscoito queremos dois filhos. Eu vou doar os espermatozóides. E a ex-namorada do Biscoito vai doar os óvulos.
- Ex-namorada? O Biscoito tem ex-namorada?
- Quando ele era hétero. A Veruska.
- Que Veruska?
- Namorada da Bel...
- Peraí!. A ex-namorada do teu atual namorado... É a atual namorada da tua irmã... que é minha filha também... que se chama Bel. É isso? Porque eu me perdi um pouco...
- É isso. Pois é... a Veruska doou os óvulos. E nós vamos alugar um útero.
- De quem?
- Da Bel.
- Logo da Bel?! Quer dizer, então... que a Bel vai gerar um filho teu e do Biscoito. Com o teu espermatozóide e com o óvulo da namorada dela, que é a Veruska?!?...
- Isso.
- Essa criança, de uma certa forma, vai ser tua filha, filha do Biscoito, filha da Veruska e filha da Bel.
- Em termos...
- A criança vai ter duas mães: você e o Biscoito. E dois pais: a Veruska e a Bel.
- Por aí...
- Por outro lado, a Bel..., além de mãe, é tia... ou tio...porque é tua irmã.
- Exato. E ano que vem vamos ter um segundo filho. Aí o Biscoito é que entra com o espermatozóide. Que dessa vez vai ser gerado no ventre da Veruska... com o óvulo da Bel. A gente só vai trocar.
- Só trocar, né? Agora, o óvulo vai ser da Bel. E o ventre, da Veruska.
- Exato.
- Agora, eu entendi! Agora eu realmente entendi...
- Entendeu o quê?
- Entendi que é uma espécie de swing dos tempos modernos!
- Que swing, mãe?!!...
- É swing, sim! Uma troca de casais... com os óvulos e os espermatozóides, uma hora do útero de uma, outra hora no útero de outra...
- Mas...
- Mas, uns tomates! Isso é um bacanal de última geração! E pior...com incesto no meio.
- A Bel e a Veruska só vão ajudar na concepção do nosso filho, só isso...
- Sei... E quando elas quiserem ter filhos...
- Nós ajudamos.
- Quer saber? No final das contas não entendi mais nada. Não entendi quem vai ser mãe de quem, quem vai ser pai de quem, de quem vai ser o útero, o espermatozóide... A única coisa que eu entendi é que...
- Que...?
- Fazer árvore genealógica daqui pra frente... Vai ser uma merda!(Luiz Fernando Veríssimo)